Uma rondonense de 71 anos buscou auxílio da Polícia Civil de Marechal Cândido Rondon após receber um “presente de grego”. Um idoso foi deixado na casa dela, ele com vários filhos adultos, está doente e precisa de cuidados especiais.
No mês de julho, uma rondonense de 71 anos, foi procurada pelos familiares de Fernando, de 78 anos, com o pedido de que ela cuidasse do idoso por alguns dias, e que logo o buscariam. A alegação era de que a nora de Fernando precisava se recuperar de uma cirurgia. Na ocasião eles deixaram com a idosa, o valor de R$ 4.000,00 para pagar as despesas do idoso.
A rondonense aceitou cuidar de Fernando apenas por alguns dias, e deixou isso bem claro aos filhos dele, dizendo que o faria para dar uma “força” a eles, pois eram conhecidos de longa data, mais de 50 anos, sendo vizinhos quando residiam no Paraguai.
No entanto, o tempo foi passando, e ninguém apareceu para buscar Fernando. A idosa manteve diversas vezes contato com os filhos do idoso e a resposta sempre foi a mesma, de que eles estariam muito ocupados e que ela deveria manter contato com outros filhos. A idosa então tentou manter contato com outros filhos e familiares, mas sem sucesso, ninguém apareceu para buscar ou ver o idoso.
Na última semana, Fernando passou mal e precisou ser levado ao hospital. Lá foi constato que ele teve um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e precisou permanecer internado. Novamente a rondonense manteve contato com filhos e familiares que se dignaram a enviar mil reais em dinheiro, mas novamente ninguém apareceu para vê-lo ou buscá-lo. As demais despesas a rondonense está bancando do próprio bolso.
Fernando está prestes a ganhar alta hospitalar. A idosa diz que não tem condições, obrigação e nem é responsável pelos cuidados com o homem que foi abandonado na sua casa, por isso ela procurou orientações com a equipe da Polícia Civil de Marechal Rondon que registrou o caso de abandono do idoso.
Foi apurado que Fernando tem filhos e familiares residentes na microrregião e que um dos filhos é candidato a prefeito, pelo PL em uma cidade no noroeste do Paraná. Esse filho também não atendeu as ligações da idosa e muito menos da Polícia Civil. No entanto, ele é envolvido com uma ONG de apoio a pessoas vulneráveis.
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